Em pronunciamento no plenário da Câmara Municipal de Rolim de Moura, na última sessão ordinária, realizada na segunda feira, dia 27 de junho, o Presidente da Câmara, Vereador Jairo Benetti, teceu várias críticas a forma que estão sendo licitadas as compras pela Prefeitura Municipal.
É inconcebível que a maioria das compras de material seja feita pelo sistema pregão eletrônica, especialmente pela dificuldade do recebimento das mercadorias e pelo tempo entre a compra e a efetiva entrega. Um exemplo de que não atende as necessidades do município pode ser sentido pela compra dos uniformes dos Agentes de Saúde, que apesar de um bom tempo licitado, até agora os servidores continuam a trabalhar sem o equipamento por não ter sido entregue.
O Presidente da Câmara, Vereador Jairo Benetti, durante seu pronunciamento deixa em dúvida o porque desse sistema, já que a Presidente da Licitação em Rolim de Moura, faz um pregão presencial para comprar material gráfico e, para comprar um jaleco, tôner para impressora, material para construção é todo através de pregão eletrônico, ao que parece quem ta mandando na compra do município é a Presidente da CPL. É bom que se atente para o fato de que as empresas do município podem começar a demitir funcionários daqui uns dias, já que o maior comprador do município é a Prefeitura, assim como, ela é a maior consumidora e desta forma deixa de contribuir com o comércio local.
Exemplificando ainda seu questionamento, cita o fato de o município ter adquirido vários computadores no mês de dezembro, e até hoje muitos deles ainda não puderam ser entregue, outro exemplo é a compra de cimento junto a uma empresa de Ji Paraná, e agora ela quer entregar de uma só vez as mil sacas de cimento, aí vem o problema, onde estocar, o risco de vencer e se perder, se fosse comprado no município poderia ser entregue, 20 ou 30 sacas de cada vez de acordo com as necessidades da Secretaria de Obras. Um outro exemplo aconteceu no município vizinho de Pimenta Bueno, onde foi comprado através de pregão eletrônico frangos para a merenda escolar, e uma empresa de Toledo no Paraná, ganhou a concorrência, e enviou ao município uma carreta cheia de franco, sem ter onde estocar, e com isso hoje o prefeito está encontrando problemas junto ao TCU.
“Estamos em defesa do comércio local e da agilidade da administração pública, pois entendemos que o comércio local dá emprego, paga os impostos aqui e, tem que ser protegido desde que tenha preços compatíveis com os praticados no Estado e principalmente no Município”, disse o Presidente, acrescentando que o pregão eletrônico não é de tudo idôneo, haja vista, que a empresa Sulmed, denunciada no Fantástico, tem vendido pra Rolim de Moura através deste sistema.
Para o Presidente a informação de que o Prefeito Municipal deverá baixar um decreto para que as compras no sistema de pregão eletrônico só sejam feitas em caráter excepcional, deveria ter sido assinado a mais de um ano atrás, até porque já se encontra lançado em edital nada mais do que onze licitações, das quais apenas duas são presenciais, o restante todas elas pregão eletrônico, inclusive para a compra de manilhas, já pensou uma empresa de fora ganhar a licitação das manilhas e enviar todas de uma só vez para a Secretaria de Obras, além de que, por traz do pregão eletrônico existe uma bolsa que ganha um percentual em cima de cada compra realizada.
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